quinta-feira, abril 07, 2011

Buscam-se Soluções.

Preocupante a notícia de que Portugal terá de ser rescatado pela CE. Vamos hipotecar ainda mais as seguintes gerações de portugueses. Muito temor aqui em Espanha pelo contágio que esta situação pode trazer. Espanha teme ser a seguinte e embora a nível oficial se diga o contrário, o certo é que existe um medo muito real. Ainda por cima o BCE aumenta as taxas de juro, claro, Alemanha e França estão em recuperação, assim que a eles interessa-lhes travar uma possível inflação mas nós aqui como é que ficamos? Esta Europa assim...não tem sentido. Esta é uma das razões que sempre me levou a pensar que antes de unir-nos à CE deveríamos ganhar peso na mesma através de uma união ibérica. Estamos a atravessar uma crise realmente gráve no sentido em que não tem uma solução breve. Não sei que soluções posso trazer a esta conjectura. Desde a minha ignorância digo que os ricos também terão de começar a pagar a crise se não quiserem ficar sem hóspedes a quem parasitar. Quem fugisse com o capital para paraísos fiscais deveria de ser duramente sancionado. Os que se comprovassem corruptos ou intencionalmente maus gestores, deveriam ser duramente sancionados. Os que mal gastassem dinheiros públicos igual. Quando é que vão perceber que castigando ainda mais a classe média não vão conseguir nada, já que não podemos dar mais. Vejo um horizonte de pobreza que jamais experimentámos e que parece que vamos conhecer. Precisamos de patriotas, de pessoas, políticos que pensem primeiro no País e depois em si mesmos ou em agrandar mais a riqueza dos lobbys mundiais. Devemos melhorar a competetividade, mas para isso também deveremos arriscar e deixar de jogar sempre pelo seguro. No meu meio isso significaria de deixar de produzir telenovelas e inventar formatos que fossem suficientemente bons para vender noutros mercados. Não me quero alongar mais neste assunto, só dizer que espero que os meus temores e de muita gente estejam completamente equivocados.

sábado, março 26, 2011

Scriptographer

Este é um plugin para o Adobe Illustrator que funciona a partir de scripts e que é totalmente grátis, embora os autores agradecessem uma pequena contribuição. Uma imagem que criei em menos de dez minutos com as variadas ferramentas deste plugin.

http://scriptographer.org/

sexta-feira, março 25, 2011

Logos Vectoriais

Este site contêm uma vasta colecção de logotipos comerciais em formato vectorial.

vector of the world

HDDSLR

Creio que é dos melhores blogs de fotografia com que me cruzei na net. Especial incidência sobre "filmar" com estas novas DSLR.

Vincent Laforet’s Blog


Slideshows

Um site com a possibilidade de carregar um album de Picassa para conseguir o código para incorporar no Blog.
Como exemplo a entrada "Joker on the water" que é basicamente um slideshow do meu cão "Joker" foi realizada com este truque.

http://www.c00lstuff.com/embed-picasa-slideshow/picasa.html

Nuvém de palavras

Neste Site http://www.wordle.net/create podemos criar uma nuvém de palavras já seja a partir das que quisermos colocar ou carregando as palavras directamente a partir de uma direção URL como no caso do exemplo abaixo.
Isto pode servir como uma simples curiosidade ou também lhe podemos dar uma utilidade gráfica.

Exemplo baseado neste mesmo blogue.

quarta-feira, março 09, 2011

110 Km/h


Aqui em Espanha acabou de promover-se uma lei de limite de velocidade nas autoestradas de 110 Km/h.
Uma lei temporária, dizem, que supostamente, segundo os seus promotores, tem como fim a poupança de combustível.
Dizer que esta lei é ridícula parece-me pouco. Dizer que tentam ridicularizar o povo que governam parece-me pouco também. Sinceramente acreditam que somos curtos de mente, burros?? Porque a sensação que tenho é que nos tratam como tal.
É que a desculpa para tamanha atrocidade já nem é uma questão de segurança vial, é uma questão "económica". Não consigo sair ainda do meu espanto ao ver aprovada esta lei.
A questão parece ser económica de facto, mas não na sua vertente de poupança. Parece ser que o objectivo final é simplesmente de recaudar fundos através de mais multas. É que esta lei também diz que as multas começam nos 111 Km/h. Incrível.
Numa sociedade que cresceu e continua a crescer pelo factor velocidade, vamos agora reduzir a mesma em vías onde a segurança de facto existe. O que é que de facto se pretende conseguir com esta lei? Aceleramos todo o tipo de comunicações. Aviões mais rápidos, carros mais rápidos, telecomunicações mais rápidas, tudo mais rápido mas nas autoestradas façam o favor de ir ainda mais lento que o já ridículo limite de 120 Km/h.
Quando temos um parque automóvel que apesar da sua antiguidade, nos pode transportar com total segurança a pelo menos 150 km/h numa autoestrada, por favor que alguém me explique que sentido tem esta lei que não seja somente o de obter mais fundos através de multas. Senhores...que estamos a falar de autoestradas, não de estradas nacionais. Afinal o que vão acabar por conseguir é ter mais acidentes pela sonolência que provoca conduzir a estas velocidades nestas condições.
Se o que se pretende é melhorar a segurança vial, pois há muitas outras coisas que se poderiam fazer primeiro. Melhorar as condições de visibilidade e sinalização nas estradas nacionais. Fomentar uma educação cívica e vial, para que deixemos de ver conductores que vão a 80 Km/h na vía da esquerda, etc. mas isto... é simplesmente revoltante.

quarta-feira, março 02, 2011

Ex-Cedentes



Em 1993, quando a banda já tinha acabado, fomos chamados para fazer parte de um compilatório de bandas emergentes e curiosamente esse CD acabou por ter o mesmo nome da nossa banda. Juntámo-nos de novo e lá fomos para Tomar, um domingo, se não estou em erro, gravar a música Reflexos que por conselhos do productor, Armando, creio que se chamava assim, sofreu algumas adaptações que a beneficiaram. Foi todo o dia em estúdio e voltámos ao final do día no comboio, acompanhados de uma porrada de militares que entravam aos seus quarteis em Lx. Deixámos as coisas em casa e ainda fomos para o Crazy Nights até às tantas :)
Foi a primeira banda em que participei e da qual guardo muitas e boas lembranças. Com o tempo, alguns, perdemos o contacto. Espero que todos os elementos da banda e amigos que compartiram estes momentos conosco, de alguma forma encontrem este vídeo e possam também recordar.
Um abraço a todos.

sexta-feira, fevereiro 18, 2011

é claro que não tenho, já, a certeza, mas penso que esta terá sido a minha primeira citação...
já devem ter passado 20 anos, and this same old feeling, keeps on going


From childhood’s hour I have not been

As others were - I have not seen

As others saw - I could not bring

My passions from a common spring.

From the same source I have not taken

My sorrow; I could not awaken

My heart to joy at the same tone;

And all I loved, I loved alone.

Then - in my childhood, in the dawn

Of a most stormy life - was drawn

From every depht of good and ill

The mystery which binds me still:

From the torrent, or the fountain,

From the red cliff of the mountain,

From the thunder and the storm,

And the cloud that took the form

(when the rest of Heaven was blue)

Of a demon in my view.

Edgar Allan Poe

A Borbulha


Fumar faz mal. Pois faz. Isso creio que é óbvio. Somos todos conscientes dessa realidade pelo menos ao nível da razão. O problema está em que irracionalmente o cigarro é amigo do fumador. Aquele fumo que exalamos desde as nossas bocas, que sobe pelas nossas caras nublando-nos os olhos e nos envolve como uma máscara permitindo-nos aquele momento de intimidade introspectiva que tanto buscamos. É como se vivessemos numa borbulha dentro da qual pouco a pouco vai faltando o ar. Se antigamente podiamos disfrutar dessa borbulha por ignorância, hoje não temos essa desculpa. Mas porque é que terei que me desculpar? Se optei por viver aqui dentro, foi porque o Mundo lá fora ficou muito feio. Quero ignorar...não me rebentem a borbulha, arranjem maneira do ar entrar, mas só o ar. Se fosse uma criança feliz seguramente não fumaria.

O limite do Tempo


E mais um dia de trabalho...é incrivél a quantidade de horas que dedicamos a trabalhar. Por trabalhar entenda-se a vender a alma aos outros, entenda-se, deixar de viver os teus sonhos e dedicar o tempo a viver o sonho de outros.
E o meu sonho??? Onde está?? Que é feito dele? Não sei, não tenho tempo para o viver. Há tanto tempo que não conecto com o meu sonho que já nem me lembro bem de como era. Tenho uma vaga ideia, mas a cada dia que passa, mais se distorsiona. Provavelmente não fui feito para viver o meu sonho. Sonho muito alto e não tenho asas para voar. Nunca terei a sensação de poder contrariar a gravidade. Para quê continuar a tentar. É por isso que sou um sonhador, gosto demais de voar. Não falo de aviões, nem de balões, falo de abrir os braços e de repente sentir como um manto de ar me envolve e me eleva do chão. Falo de visitar as nuvens, de cheirar o arco-iris, de cruzar o limite da atmosfera e tratar a escuridão do Universo de tu a tu. Fui feito para sonhar...e cada dia que passa...sonho menos.
Raios partam a inexorabilidade temporal.

Emigrante


É verdade, sinto-me um emigrante. Não é sempre, tenho dias, mas um destes dei por mim a ouvir fados, música pimba, romântica, o que fosse contando que fosse em português mas refiro-me para ser mais preciso, exactamente aquela que apontava sempre como a " música do emigrante ", a música pimba. De repente já não me soava tão mal o Quim Barreiros ou o Emanuel. Não, não fui convertido ao pimba mas do ponto de vista de um emigrante com a minha idade ( 35 ) digamos que reconforta lembrar as origens, o que se ouvia na minha infância e adolescência nesse Portugal sempre tão castiço. É verdade, às vezes sinto-me vazio, da família, dos grandes amigos, de Lisboa e desse Mar. Custa muito viver no interior quando se cresceu ao lado do Mar, suponho que a falta deste não nos deixa viver a nossa fantasia de marinheiros. Aquela onde sonhamos ser Vascos da Gama encontrando-se com todo o tipo de culturas e cenários sempre diversos através de um Mar sempre desafiante que nos vai enchendo o ego a cada nova vaga. Seremos sempre poetas. Sonhamos com sermos pelo menos tão épicos como quanto Ulisses. Enfim, que é ser Portugués? Não sei, mas tenho saudade de o ser.
Não me interpretem mal, sou feliz de momento, como toda a felicidade. Estou bem onde estou. Tinha um sonho e vim atrás dele. Não é fácil, é outro país, outra cultura, outras gentes com outros pensares. Esforço por adaptar-me e sinto recompensa desse esforço mas também sinto que nunca me integrarei totalmente. É simplesmente impossível. Serei sempre um português de Lisboa, um Alfacinha. Essa é a minha identidade e tenho necessidade de a preservar.
A vida é uma constante dinastia de decisões, daquelas que determinam o nosso rumo. Até as mais simples decisões afectam sempre o nosso navegar. Eu agora sou emigrante por decisão própria e não estou arrependido mas como bom português que me considero necessito da melancólica Saudade.
Quem sabe o que estará fazendo o meu outro Eu no Universo Paralelo que se abriu quando decidi emigrar.
Pois, não faço a mais pequena ideia mas não posso esconder uma certa curiosidade do tipo da que te leva a novas paragens, a novos universos. No fundo estou a sonhar uma vez mais, a escrever com a imaginação mais um capitúlo do meu Lusiádas.
Cada vez mais tenho que viajar mais longe no tempo para o passado para manter esse meu esqueleto de Portugues e escrever estas linhas é como ter uma nave espEcial que acorta as distâncias. É também uma forma de me soltar das amarras da saudade e poder viver mais relaxado com o que me rodeia, poder integrar-me melhor na sociedade que me acolhe actualmente. Sinto-me como numa missão, numa cruzada para finalizar melhor possivél a viagem que iniciei.
Obrigado a todos, aos que me apoiaram e aos que não, porque todos fizeram parte do processo de decisão.
E um especial obrigado a todos os que me ajudam actualmente a chorar esta saudade que sinto, com a atitude, não sempre tão simples ou fácil, de manterem-se em contacto.